Beber, comer, falar e fumar. Minha oralidade precisa de tudo isso e às vezes a parcimônia é a única coisa que não acompanha esse quarteto.
Certa vez, meu amigo fiel, companheiro de jornada e roommate tinha acabado de chegar à Paulicéia e marcamos um café para fazermos as atualizações. Normalmente marcaria o encontro num boteco, mas tinha 1 ano que não nos víamos e como a vida das pessoas costuma dar loopings, era melhor não arriscar. Nos entregamos à comida light, ao papo leve e aos sucos desintoxicantes.
Amigos exemplares em um lugar exemplar, claro que isso não ia prestar. Papo vai, papo vem e surge a pergunta:
- Você gosta de Dry?
- Amo!
- Tem mais algum compromisso hoje?
- Não.
- Quer conhecer o melhor Dry de SP?!
Antes de responder, ele já estava com a mão esticada para pedir a conta ao garçom. Gente decidida é outra coisa!
Lá fomos nós rumo ao Dry. Ele fica numa esquina muito charmosa do Jardins e com um nome desses, não preciso explicar qual é a especialidade da casa.
Lá dentro a decoração é muito bacana e simples: o bar fica logo na entrada, sofás e mesas, lustres vintage, uma parede inteira com a bola 8 de sinuca e uma seleção musical de dar inveja. Amy Winehouse, Ray Charles, The Police, Roberto Carlos, John Pizzarelli, Luiz Melodia são alguns dos amigos que nos fizeram companhia. A intensidade da luz e do som vai se modificando com o passar das horas e de acordo com a animação dos clientes.
As porções são pequenas, as opções de petiscos não são as melhores, mas é tudo muito bem preparado. O protagonista da noite, o Dry Martini é espetacular. A proporção dos ingredientes, a temperatura, a azeitona, tudo no ponto certo e não tenha vergonha de pedir uma porção inteira de azeitona para acompanhar, eles estão acostumados com esse tipo de capricho. Depois de todo esse clima, o papo acelerou. Contamos histórias do arco da velha, rimos muito, falamos mal e bem das pessoas. Lavamos a alma, enfiamos o pé na jaca, derrubamos o pau da barraca e nos tornamos melhores amigos a partir daquele reencontro.
O Gustavo me apelidou de bonecão de posto, o ser que me transformo depois de um certo grau etílico e chegamos à seguinte conclusão: Dry Martini – ao terceiro chegarás do quinto não passarás. Amém!
Dados da Dica:
Dry
Rua Padre João Manuel, 700.
Jardins - São Paulo/SP
11 3729 6653
http://www.drybar.com.br/
O BLOG MUDOU DE ENDEREÇO - Autor(Xico Sá)
Há 12 anos